Bichectomia (Redução de Bochechas)
Muitas pessoas sentem-se incomodadas com o rosto muito arredondado. Quando esse achado é causado pelo aumento da gordura que existe nas bochechas entre a maxila e a mandíbula (a bola de Bichat) pode ser tratado pela redução ou remoção da mesma, conferindo uma face mais fina e triangular. Bastante popular em outros países da América Latina, esse procedimento atualmente é uma cirurgia em alta no Brasil.
A bola de bichat é uma gordura natural do corpo. Em alguns casos pode estar aumentada de tamanho devido às características genéticas ou ao excesso de peso. É uma reserva natural de gordura e também uma das últimas a ser reabsorvida pelo corpo.
1. Técnica Cirúrgica
O procedimento é bastante simples. Tem duração de uma hora e geralmente é realizado com anestesia local e sedação, sendo ambulatorial e não necessitando de internação.
Realiza-se uma incisão com cerca de 1,5 cm na parte interna de cada bochecha. Através dessa incisão a bola de bichat é identificada, isolada e removida com cuidado. Após a remoção realiza-se a sutura da ferida com pontos que não necessitam ser retirados posteriormente, pois são absorvíveis.
Também é possível associar outros procedimentos, tais como Facelift, Implante de Queixo e Lipoaspiração Cervical (ver outros procedimentos em Cirurgia da Face)
2. Cuidados Pré Operatórios
É recomendável consultar com um Cirurgão Plástico Especialista Certificado pela Sociedade Brasileira para esclarecer todas as dúvidas e expectativas. Além da avaliação da estética facial global, deve-se realizar uma avaliação clínica e os exames laboratoriais. O paciente deve ter ótima saúde bucal e higiene dentária. Comparecer ao hospital com uma hora de antecedência e com acompanhante. É necessário jejum de 8 horas.
3. Cuidados Pós operatórios
É esperado que ocorra edema e equimose na face (inchaço e roxo). Imediatamente após o procedimento, já na sala de recuperação inicia-se a colocação de gelo local. Recomenda-se ficar em ambiente fresco, com a cabeça mais elevada, e evitar exposição solar direta no primeiro mês de pós-operatório. Se necessário utilizar protetor solar e chapéu. Recomenda-se alimentação pastosa ou líquida com alimentos frios na primeira semana. Assim como fazer uso das medicações prescritas, como anti-inflamatórios, antibióticos e antissépticos orais. Não esquecer de já agendar a revisão no consultório do médico após uma semana de pós operatório.
4. Complicações
As complicaçôes são bastante incomuns. Entretanto pode ocorrer infecção local, geralmente tratada com antibióticos e/ou drenagem em alguns casos. Pode ocorrer também acúmulo se sangue (que quando muito extenso necessita ser drenado). A lesão do ducto parotídeo e do nervo facial são raras.
Dr. Eduardo Dalberto
CREMERS 31347
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)