Cirurgia Plástica após grandes perdas ponderais.

Com o aumento nas taxas de obesidade na população mundial, a Cirurgia Bariátrica pode auxiliar no tratamento desta enfermidade.  Após uma grande perda ponderal, o paciente necessita complementar o seu tratamento cirúrgico devido às várias deformidades que o excesso de peso pode proporcionar:

1) Grande excesso cutâneo horizontal e vertical no abdômen (abdômen em avental);

2) Ptose (queda) do monte de vênus e região púbica;

3) Flacidez, ptose (queda) e atrofia das mamas;

4) Flacidez e excesso cutâneo nas coxas;

5) Flacidez e excesso cutâneo nos braços;

6) Flacidez e ptose (queda) nas nádegas e na lateral das coxas;

7) Flacidez e dobras cutâneas no dorso (parte posterior do tronco);

8) Alterações faciais, tais com flacidez cervical, perda do contorno mandibular e aprofundamento do bigode chinês.

Tais alterações ocasionam desconforto estético e dificuldade em vestir-se adequadamente além de dermatites nas áreas de dobras.

Em termos fisiopatológicos, as alterações ocorrem pela destruição das fibras elásticas da pele devido ao grande estiramento que a pele pode sofrer como resultado do ganho de peso.

Após a cirurgia bariátrica o paciente deve aguardar 1 ano e estar há pelo menos há três meses com peso estável para a realização das cirurgias plásticas. Também é necessário apresentar boas condições nutricionais e clínicas.

As técnicas tradicionais de cirurgia plástica geralmente apresentam resultados insatisfatórios nos pacientes com grandes perdas ponderais, por este motivo também podem ser utilizadas técnicas individualizadas conforme as necessidades de cada caso. Neste artigo reunimos os links abaixo com informações detalhadas sobre os procedimentos que podem auxiliar no tratamento:

Pode-se  associar também a lipoaspiração para tratamento de áreas de gordura localizada residuais.

O paciente pós cirurgia bariátrica  que realiza uma cirurgia plástica pode apresentar algumas particularidades tais como maior incidência de seromas, necessidade de retoques por flacidez residual e alargamento de cicatrizes devido a destruição das fibras elásticas da pele. Entretanto, com esses procedimentos pode-se proporcionar resultados estéticos e funcionais bastante adequados, além de melhorar significativamente  a qualidade de vida dos pacientes.

Dr. Eduardo Dalberto
CREMERS 31347
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)