Como vai ficar a minha cicatriz?

Essa é uma das perguntas mais frequentes que ouvimos no consultório. A cicatriz ideal é fina, plana e de coloração idêntica à pele adjacente. Deve ficar disfarçada pelas pregas e sulcos naturais do corpo e de preferência escondida sob o traje de banho (como a cicatriz da abdominoplastia por exemplo). Existem diversos fatores que influenciam a qualidade final de uma cicatriz. Entre os principais fatores podemos listar:

• a predisposição genética,
• o cuidado pós-operatório,
• a técnica cirúrgica adequada e
• as características da própria área corporal onde está a cicatriz (exemplo: as cicatrizes nas pálpebras tendem a ficarem quase imperceptíveis ao passo que as cicatrizes nas costas tendem a ficarem mais grossas e largas em razão da tensão da pele no local).

Também é necessário compreender as etapas de um processo de cicatrização normal e no primeiro mês, a incisão apresenta um bom aspecto, ocorrendo apenas uma leve reação aos pontos ou ao curativo. Durante o primeiro ano ocorrerá um espessamento natural da cicatriz e sua mudança de cor – inicia uma fase mais avermelhada para que em seguida a cicatriz possa começar a clarear. Esse é o momento menos favorável da evolução cicatricial e ao mesmo tempo é o que mais preocupa os pacientes. Todavia, trata-se de uma etapa temporária do processo de cicatrização normal e cuja duração varia em cada paciente. Após o primeiro ano, a cicatriz tende a tornar-se cada vez mais clara e menos espessa, atingindo assim o seu aspecto definitivo. Por esse motivo, a avaliação final de uma cicatriz deverá ser realizada somente após esse período de um ano. Felizmente, o processo normal de cicatrização acontece sem intercorrências na maioria dos pacientes.

É impossível prever quais pacientes terão uma cicatrização inadequada em função dessa combinação de múltiplos fatores, todavia o histórico familiar e pessoal deve ser levado em conta. As alterações patológicas que podem ser encontradas são quelóides, cicatrizes hipertróficas, alterações de pigmentação, cicatrizes deprimidas e/ou cicatrizes alargadas. Podem ocorrer também alterações imunológicas que ocasionam certa dificuldade de cicatrização, todavia esses casos são bastante incomuns.

Antes de realizar a sua cirurgia é importante selecionar um cirurgião plástico certificado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, isso assegura que você selecionou um médico que: completou um treinamento em cirurgia de no mínimo cinco anos, sendo três de deles em cirurgia plástica, está treinado para realizar todo tipo de cirurgia plástica, está submetido a um código estrito de ética e opera em instalações médicas credenciadas.

Após a cirurgia, é fundamental que os pacientes sigam todas as orientações de cuidados no pós-operatório:

• evitar colocar tensão sobre uma cicatriz (exemplos: evite erguer os braços após uma mamoplastia, ande levemente curvado após uma abdominoplastia, entre outros)
• seguir todos os cuidados de higiene e trocas de curativos com atenção (exemplos: secar os curativos após o banho para evitar a umidade e a proliferação de bactérias, etc.)
• utilizar a fita microporosa, o gel de silicone e/ou lâminas de silicone também são um adjuvante importante e podem ser indicados pelo seu cirurgião.

Embora todas cirurgias plásticas resultem em pelo menos uma cicatriz e seja impossível predizer antecipadamente o seu resultado final, os procedimentos costumam valer a pena trazer muita gratificação ao paciente. Os benefícios da Cirurgia Plástica podem ir muito além da questão estética. Diversos aspectos funcionais do corpo podem ser corrigidos ou melhorados por meio de procedimentos cirúrgicos realizados por profissionais devidamente capacitados.

Para mais informações consulte a página de Procedimentos aqui no site.

 

Dr. Eduardo Dalberto
Cirurgião Plástico . CREMERS 31347
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)