

A mastopexia é indicada para mulheres com ptose (queda), perda de volume no polo superior e flacidez da mama. Tais achados são mais frequentes após perdas ponderais e gestações.
Com a cirurgia, procura-se um volume mamário proporcional à estrutura corporal da paciente, além de reestabelecer a forma, a posição e a simetria das mamas.
A paciente deve ter boa condição de saúde e estar no peso ideal, ou próximo a este. Além disso, deve realizar avaliação clínica e exames complementares.
Previamente à cirurgia é necessário realizar uma mamografia ou ecografia mamária. É fundamental entender como serão as cicatrizes e alterações que ocorrerão nas mamas. A paciente deve esclarecer todas as dúvidas em relação ao procedimento.
•Boa condição de saúde geral
•Peso ideal ou próximo ao ideal
•Avaliação clínica completa
•Exames complementares atualizados
•Mamografia ou ecografia mamária
•Entendimento claro sobre cicatrizes e resultados
O procedimento é iniciado pela marcação das incisões com a paciente em pé. A anestesia poderá ser geral ou peridural.
Em algumas mulheres está indicada a lipoaspiração da área lateral do tórax para melhor contorno. Caso a mulher deseje aumentar o volume ou um contorno mais arredondado da parte superior, recomenda-se a associação com prótese de silicone.
A cicatriz resultante pode ser:
•Periareolar: somente em torno da aréola
•Periareolar e vertical: em torno da aréola com extensão vertical
•Periareolar com T invertido: para casos mais complexos
Para pacientes com ptose pequena, pouco excesso de pele, perda de projeção no polo superior e que desejem aumentar o volume, apenas a inclusão de prótese pode ser suficiente, ainda mais se a paciente prefere uma flacidez residual discreta a ter cicatrizes mais extensas na mama.
Após realiza-se a montagem da mama e o fechamento das incisões.
No período pós-operatório o curativo pode ser mantido fechado nos primeiros dias e recomenda-se que a paciente:
•Evite elevar os braços acima dos ombros
•Use um soutien compressivo por 2 a 4 semanas
•Período para retorno ao trabalho: 7 a 14 dias
Na maioria das técnicas rotineiramente utilizadas é possível a preservação da sensibilidade e da capacidade de lactação(aleitamento materno), funções primordiais da mama.
A recuperação rápida em si foi descrita por Tebbetts em 2002, para a técnica de Dual Plane, pois as pacientes apresentavam uma recuperação mais lenta em relação ao plano pré peitoral.
Em praticamente todas as cirurgias adotamos o protocolo ERAS (Enhanced Recovery After Surgery), que tem os seguintes princípios:
1) Educação e otimização do paciente no pré operatório,
2) Analgesia (iniciada no pré-operatório) com diferentes classes de medicamentos,
3) Prevenção de náusea e vômitos,
4) Movimentação precoce, entre outros.
As pacientes têm liberdade de movimentação dos braços desde o primeiro dia, todavia devem evitar forçar os braços para cima e para trás e também não devem carregar mais de 15 kg por 30 dias. Também devem evitar exercícios intensos e para membro superior por 3 meses, sendo liberadas para exercícios de abdômen e membro inferior com 15 dias.
Apesar da recuperação ser excelente, com dor bem controlada na maioria das vezes, lembre-se que o tempo de cicatrização não mudou. Idealmente você deve tirar um tempo para descansar e repousar, afinal de contas, essa cirurgia é muito importante para você.
Resumindo, visamos uma cirurgia com resultado natural, duradouro, proporcional e de mínima morbidade, preservando a musculatura peitoral sempre que possível.
Além disso, observamos o protocolo ERAS para otimizar a recuperação.
Ficou com alguma dúvida?
A consulta presencial é fundamental para a criteriosa avaliação global do procedimento a ser realizado conforme a orientação do CFM e da SBCP. Converse com o seu cirurgião plástico de confiança. Somente um profissional habilitado pode indicar quais são as opções mais adequadas para você.
Dr. Eduardo Antônio Dalberto (CRM 31347/RS . RQE 26266)
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

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